Depois de quase 20 dias tentando garantir um lugar no céu, estou voltando a ativa no blog e dessa vez pra falar de coisas sérias. Portanto a primeira coisa que eu vou abordar por aqui, nessa nova fase do meu exercício de escrita, é o momento único que temos encarados no Brasil desde junho, quando iniciaram-se manifestações públicas por todo o Brasil em prol de preço justo nas passagens de ônibus.
E antes que eu divague demais no que eu quero dizer, vou falar logo de uma vez. Eu acho que o povo tem que sair do sofá de casa na frente da TV, ou parar de protestar virtualmente através de redes sociais. Já tava mais do que na hora de se revoltar pelas merdas que vemos em nosso país, que vive uma realidade vergonhosa. Eu acho que ainda tem muito pelo que se lutar, mas não apoio a violência e vandalismo que vemos no meio desse movimento social. Por outro lado, muito me revolta o que eu vejo na mídia sobre o que tem acontecido e é neste ponto que eu gostaria de fazer um esclarecimento.
Nos jornais eu vejo os apresentadores falando dos manifestantes como se fossem bandidos e admito que em muitos casos isso é o que tem realmente acontecido. Por outro lado não podemos cometer o erro de generalizar e achar que por causa de um pequeno grupo que assume uma má conduta, todos os outros são iguais. Algo que me revolta muito, além destes terroristas infiltrados nas manifestações, é ver a mídia chamando essas pessoas de mascaradas. É aí que está o xis da questão, pois a meu ver, uma pessoa que usa uma camisa pra tampar o rosto, tá mais pra traficante carioca do que um cidadão lutando por seus direitos.
O uso dessa máscara aí em cima tem na verdade um sentido simbólico, já que é a mesma máscara usada num filme que aborda o tema de revolução. Sinceramente eu entendo o motivo de usar uma máscara pra representar que somos todos iguais e que o objetivo é causar uma revolução no mundo, mas na minha opinião, dizer que a pessoa que amarra uma camiseta na cara está usando uma máscara é algo muito diferente. Fica claro que a intenção de um e de outro é muito diferente e me revolta ver que os arruaceiros são aqueles parecidos com traficantes que escondem a cara, mas que são colocados em um mesmo patamar que os demais.
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