Isso mesmo, como vocês podem imaginar, esse tal Barão era um traficante. Diziam que ele vivia no topo de uma montanha e que por isso era tão poderoso. "Ninguém o derruba" era o que falavam nas ruas. Seu produto era o melhor e com o fruto do seu dinheiro, já havia se tornado muito rico. Tinha muitos negócios, muitos funcionários, praticamente quase tudo girava em torno da "Branca", como que em órbita, num grande sistema solar. A cor claríssima da sua cocaína e o brilho, era o que havia lhe rendido o título.
Quando ele chegava nos lugares ele dizia:
"Eu sou o Barão da Branca, qualquer mulher que quiser pode se tornar minha Baronesa, mas se for vadia eu só como, não caso."
E por causa disso, e do dinheiro, é claro, ele comia muitas vadias. Era elegante, cheiroso e bem arrumado, usando sempre ternos risca de giz e sapatos brancos. Era um pouco clichê no visual setentista, já que também usava chapéu e sapatos brancos, ostentando um fino bigodinho abaixo do nariz fino e comprido. O cara tinha muito estilo, era simpático e divertido e todos o amavam. Mas ele se achava incapaz de amar uma mulher.
Ele já havia tentado se apaixonar, mas sempre se decepcionava com os relacionamentos, então resolveu largar mão e comer a putada mesmo. Com o tempo cansou-se até mesmo dessas mulheres inúteis e se isolou em seu condomínio Top Garden, na parte mais alta da cidade. Até que um dia, aleatoriamente ouviu algo que chamou sua atenção.
- Barão?
- Sim!
- Temos informações do nosso infiltrado na polícia.
- Algo a nossa respeito?
- Não senhor, concorrentes.
- O Pique pode ir a merda, o Rubens também.
- Não senhor, é uma garota.
- Mulher traficando?
- Bem nova senhor.
- Como é nome dela?
Nenhum comentário:
Postar um comentário